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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Corte de árvores deixa São Paulo menos verde

Funcionários da prefeitura cortam árvore na Praça Marechal Deodoro, foto: Cátia Toffoletto


 Enquanto novos imóveis são construídos a cada esquina e mais arranha-céus figuram nos cartões-postais de São Paulo, as árvores da cidade pedem socorro. Somente de janeiro a abril deste ano 12.187 delas foram derrubadas, de acordo com um levantamento feito pela Comissão do Verde e Meio Ambiente da Câmara Municipal. Para se ter uma ideia do tamanho do estrago, é como se 80% da área do Parque do Ibirapuera, na zona sul do município, tivesse sido desmatada.
Segundo o estudo, todos os cortes foram autorizados pela Prefeitura –  grande parte para dar lugar a prédios, conjuntos habitacionais e obras de infra-estrutura. Sérgio Guimarães Pereira Júnior, diretor da Vallor Urbano, empresa especializada no segmento de urbanização, pondera que as licenças para o desmatamento preveem compensações: para cada árvore retirada, pelo menos três novas mudas devem ser plantadas.
  Mas, como aponta a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a obrigatoriedade de replantio é ignorada pelas empresas ou realizada de maneira irregular, sem que haja nenhum tipo de fiscalização. Além disso, outro problema é que, na maioria das vezes, as mudas são replantadas em áreas distantes do local que foram retiradas. Com isso, a região de onde foram suprimidas áreas verdes sofre, efetivamente, uma perda ambiental.
  Pereira Júnior concorda que a simples reposição de mudas não é suficiente como compensação ambiental. “Plantar novas árvores sem um planejamento adequado é apenas uma forma de aliviar culpas”, afirma o executivo. “O mais importante é que haja um programa de conservação ambiental com o envolvimento da comunidade local”, completa.

Campanha de arborização
  Ainda que não possam resolver o problema de falta de verde em São Paulo, os cidadãos podem contribuir para tornar pelo menos a sua rua, praça ou bairro mais arborizados. Para isso, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente do município mantém uma campanha de incentivo permanente à arborização, que oferece gratuitamente uma muda para ser plantada em endereços da capital paulista. Basta fornecer algumas informações sobre o local que receberá a planta.  A secretaria também disponibiliza uma cartilha com orientações e dicas sobre como semear e manter uma árvore na cidade.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Resposta do Ipê Amarelo em Porto Velho

      Em Porto Velho, um poste de luz sem vida que, estaticamente, cumpria apenas sua função imposta pelas necessidades humanas, encontrou uma maneira de readiquirir sua existência. Criou raízes e floresceu!
      Sejamos como esse ipê que, mais do que símbolo nacional, tornou-se agora símbolo do povo brasileiro.
      Mesmo que venham a podar nossos galhos e raízes, mesmo que nos finquem em uma calçada qualquer e nos imponham a condição de poste (de quietude e resignação), sejamos ipê amarelo!
      Mesmo que nos digam que é impossível mudar e renascer não nos deixemos enganar e sigamos a nossa vocação de florescência, superação, fraternidade, alegria e criatividade!
      Precisamos acreditar que isso é possível!
      Podemos sim ser os autores do nosso destino!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Calistemon

  • Nome Científico: Callistemon sp
  • Nome Popular: Escova-de-garrafa, lava-garrafas, calistemo
  • Família: Myrtaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Austrália
  • Ciclo de Vida: Perene


Escova-de-garrafa é o nome popular das plantas do gênero Callistemon. Este gênero possui 34 espécies catalogadas, sendo que a grande maioria delas é originária da Austrália. As escovas-de-garrafa apresentam porte arbustivo ou de arvoreta, alcançando de 3 a 7 metros de altura. Suas folhas são em geral pequenas, lanceoladas a lineares, verdes, sésseis, perenes e aromáticas, que vão se tornando bronzeadas com o tempo.
No entanto é nas inflorescências que reside o encanto desta árvore, elas tem um formato cilíndrico com numerosos estames, semelhantes às escovas utilizadas para lavar garrafas. Muito atrativas para os beija-flores, as flores surgem esparsas durante todo o ano e abundantes na primavera. No verão, elas dão lugar aos frutos, pequenos, lenhosos e bem aderidos aos ramos.
No paisagismo, a escova-de-garrafa se destaca como árvore isolada, principalmente na borda de lagos, onde seus ramos pendentes podem tocar a água graciosamente. Também presta-se para a formação de cercas-vivas, não compactas, mas muito vistosas se podadas regularmente. Outras composições podem ser feitas, dada a versatilidade desta planta de aspecto exótico e beleza singular.
Sua rusticidade e baixa manutenção, aliados ao seu crescimento moderado, fazem da escova-de-garrafa a árvore de eleição em muitos projetos paisagísticos. As espécies mais populares no paisagismo são a C. viminalis e a C. citrinus, mas há muitas variedades e híbridos com flores de coloração vermelha e algumas róseas e brancas também.
Devem ser cultivadas sob sol pleno, não sendo exigentes quanto à fertilidade do solo. Em geral adaptam-se muito bem a solos encharcados ou secos. Apreciam o frio subtropical ou mediterrâneo e toleram as geadas e o clima tropical. Podas radicais não são toleradas. Adubações anuais estimulam uma intensa floração. Multiplicam-se por sementes e por estaquia de ramos semilenhosos. Os pequenos frutos devem ser colhidos e armazenados em sacos de papel, em estufa morna e seca até a liberação das sementes.
Autor: Raquel Patro

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Chuva de Ouro

  • Nome Científico: Cassia fistula
  • Sinonímia: Bactyrilobium fistula, Cassia bonplandiana, Cassia excelsa, Cassia fistuloides, Cassia rhombifolia, Cathartocarpus excelsus, Cathartocarpus fistula, Cathartocarpus fistuloides, Cathartocarpus rhombifolius
  • Nome Popular: Chuva-de-ouro, Cássia-imperial, Canafístula, Cássia-fístula
  • Família: Fabaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Sudeste da Ásia
  • Ciclo de Vida: Perene


A chuva-de-ouro é uma árvore ornamental decídua, de floração espetacular, com seus belos cachos pendentes de flores douradas. De porte médio e crescimento rápido, ela alcança cerca de 5 a 10 metros de altura. Seu tronco é elegante, um pouco tortuoso, e pode ser simples ou múltiplo, com a casca cinza-esverdeada. A copa é arredondada, com cerca de 4 metros de diâmetro. As folhas são pinadas, alternas, com 4 a 8 pares de folíolos elípticos, acuminados e de cor verde-viva.
No verão desponta suas inflorescências, do tipo rácemo, pendentes e longas, com cerca de 30 cm de comprimento e com numerosas flores amarelas, pentâmeras e grandes. Os frutos que se seguem são do tipo legume, cilíndricos, de cor marrom, e contêm de 25 a 100 sementes lenticulares, castanhas, lustrosas, envoltas em uma polpa doce e com propriedades medicinais. Apesar da polpa ser comestível, as sementes são tóxicas e não devem ser ingeridas.
Isolada ou em pequenos grupos, a chuva-de-ouro se torna um centro de atenção no jardim, durante sua floração. No resto do ano ela também não fica pra trás, pois fornece uma sombra fresca, sem ser muito densa. Pode ser plantada em calçadas pois não apresenta raízes agressivas. Além de suas qualidades ornamentais, ela é utilizada em fitoterapia, tendo destaque especial na medicina Ayurveda. Suas propriedades incluem desintoxicação e depuração do organismo. Cuidado: a chuva-de-ouro têm propriedades tóxicas, e seu consumo deve ter sempre acompanhamento médico.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. A chuva-de-ouro se adapta muito bem aos climas subtropical e tropical. Depois de bem estabelecida ela é capaz de tolerar períodos curtos de estiagem. Multiplica-se por sementes que necessitam de quebra de dormência para uma melhor germinação. A quebra de dormência pode ser realizada através da escarificação física ou imersão em solução de ácido sulfúrico por 5 a 20 minutos. Após este processo, as sementes devem ser deixadas de molho em água por algumas horas antes do plantio.


Medicinal
  • Indicações: Prisão de ventre, intoxicações, cefaléias, ansiedade, febre, artrite, problemas nervosos, hemorragias, refluxo ácido, reumatismo, afecções de pele, envenenamentos.
  • Propriedades: laxante, emoliente, depurativa, desintoxicante, purgativo, estimulante da vesícula biliar, aperiente, vermífugo.
  • Partes usadas: Sementes, polpa dos frutos, folhas, raízes
Autor: Raquel Patro (jardineiro.net)

Sapucaia

Nome popular: castanha-sapucaia; cumbuca-de-macaco
Nome científico: Lecythis pisonis Camb.
Família botânica: Lecythydaceae
Origem: Brasil - Floresta Pluvial Atlântica

Características da planta: Árvore de até 30 m de altura e tronco que pode atingir I m de diâmetro, copa densa. Folhas caracteristicamente róseas quando jovens, verdes posteriormente Flores grandes de coloração lilás arroxeada. Florescem em abundância no meses de setembro a outubro.

Fruto: Arredondado, casca rígida e espessa de coloração castanha. Quando 222 maduros abrem-se na porção inferior, através de uma característica "tampa", liberando as sementes (castanhas) comestíveis e saborosas. Frutifica nos meses de agosto a setembro.

Cultivo: Propaga-se por sementes. Caso o fruto seja colhido antes da maturação, deixá-lo ao sol para que se abra e libere as sementes. Necessita de solo argiloso, rico em matéria orgânica e sombreamento.

Pelo nome de sapucaia é conhecido, no Brasil, um grande número de árvores que pertencem à família botânica das Lecitidáceas, a mesma à qual pertence a imponente castanheira-do-brasil ou castanheira-do-pará.

Em sua maioria, as sapucaias caracterizam-se pela peculiaridade de seus frutos. Na forma de urnas, de casca dura e de aparência lenhosa, estes encerram uma boa quantidade de amêndoas comestíveis e muito apreciadas, que se espalham pelo mato quando, um a um, os frutos amadurecem e, espontaneamente, seus opérculos se desprendem.

As sapucaias e seus frutos, nativos da terra, já eram bastante conhecidos e aproveitados pelas populações que habitavam o Brasil na época da chegada dos primeiros europeus, no século XVI. Estes, por sua vez, sentiram-se atraidos pelas qualidades da planta - útil, exótica e ornamental - e impressionaram-se com suas peculiaridades, tendo fornecido interessantes descrições e detalhamentos de sua conformação.

De acordo com Eurico Teixeira, o viajante Pêro de Magalhães Gândavo descreveu os frutos das sapucaias como grandes cocos muito duros, repletos de castanhas doces e extremamente saborosas. Para ele, esses frutos não parecem criados pela natureza, e sim por algum "artifício de indústria humana" uma vez que suas bocas, voltadas para baixo e cobertas por "capadoiras" que caem sozinhas, permitem que também as "castanhas", tranqüilamente, possam cair e se dissipar.

As amêndoas aromáticas e oleaginosas da sapucaia podem ser consumidas cruas, cozidas ou assadas, constituindo-se em excelente alimento. Podem substituir, em igualdade de condições, as nozes, amêndoas ou castanhas comuns européias, prestando-se como ingrediente para doces, confeitos e pratos salgados.

A sapucaia é árvore característica da floresta pluvial atlântica, ocorrendo desde o Ceará até o Rio de Janeiro, particularmente freqüente no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo. Pode ser também encontrada, em estado nativo, na região amazônica. Em alguns casos, na alta floresta, a árvore apresenta a magnitude da natureza que a gerou, alcançando mais de 30 metros de altura.

Quando chega a época da floração, verdadeira festa para as abelhas, a sapucaia se transforma: todo o verde da árvore fica encoberto por uma capa cor-de-rosa, um belo espetáculo propiciado pela conjunção das flores arroxeadas e cheias de aroma perfumado, que tomam a copa da árvore com as folhas novas, que também nascem coloridas de rosa ou lilás.

Aos poucos, as folhas vão ficando esverdeadas e os frutos vão tomando a sua forma característica. Vazios, os receptáculos das amêndoas são transformados pelo homem em objetos de uso e de ornamento: cumbucas, caçambas, vasos, potes, pratos, marmitas e o que mais for preciso.
As amêndoas são muito apreciadas.

Jasmim Manga

  • Nome Científico: Plumeria rubra
  • Sinonímia: Plumeria aurantia
  • Nome Popular: Jasmim-manga, frangipane, árvore-pagode, plumélia, jasmim-de-são-josé, jasmim-do-pará, jasmim-de-caiena
  • Família: Apocynaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: América Tropical
  • Ciclo de Vida: Perene


O jasmim-manga é uma árvore encantadora, seu aspecto exótico e suas flores perfumadas envolvem a todos. Seus caule e ramos são bastante robustos e apresentam uma seiva leitosa e tóxica se ingerida. As folhas são grandes, largas e brilhantes e caem no outono-inverno. A floração inicia-se no fim do inverno e permanece pela primavera, com a sucessiva formação de flores de diversas cores e nuances entre o branco, o amarelo, o rosa, o salmão e o vinho. Está disponível no mercado uma forma variegada da planta.
Devem ser cultivadas à pleno sol, em solo fértil, leve e bem drenado. Não é tolerante ao frio e às geadas. Pode ser cultivada isolada ou em grupos, em amplos espaços, preferencialmente longe de dormitórios devido ao forte perfume. Multiplica-se por estaquia.
Autor: Raquel Patro (jardineiro.net)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Quaresmeira

  • Nome Científico: Tibouchina granulosa
  • Sinonímia: Lasiandra fontanesiana, Melastoma fontanesii, Melastoma granulosa, Pleroma granulosa
  • Nome Popular: Quaresmeira, Quaresmeira-roxa, Flor-de-quaresma
  • Família: Melastomataceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Brasil
  • Ciclo de Vida: Perene

A quaresmeira é uma árvore de beleza notável, que encanta por sua elegância e exuberante floração. Seu porte geralmente é pequeno a médio, podendo atingir de 8 a 12 metros de altura. O tronco pode ser simples ou múltiplo, com diâmetro de 30 a 40 cm. As folhas são simples, elípticas, pubescentes, coriáceas, com nervuras longitudinais bem marcadas e margens inteiras. A floração ocorre duas vezes por ano, no outono e na primavera, despontando abundantes flores pentâmeras, simples, com estames longos e corola arroxeada, sendo que na variedade Kathleen estas se apresentam róseas. O fruto é pequeno, indeiscente, marrom, com numerosas sementes minúsculas, dispersadas pelo vento.
Mesmo quando não está em flor, a quaresmeira é ornamental. Sua copa é de cor verde escura, com formato arredondado, e sua folhagem pode ser perene ou semi-decídua, dependendo da variação natural da espécie e do clima em que se encontra. Por suas qualidades, ela é uma das principais árvores utilizadas na arborização urbana no Brasil, podendo ornamentar calçadas, avenidas, praças, parques e jardins em geral. Seu único inconveniente é a relativa fragilidade dos ramos, que podem se quebrar com ventos fortes, provocando acidentes. Com podas de formação e controle, pode-se estimular seu adensamento e mantê-la com porte arbustivo.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, profundo, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio ou transplante. Apesar de preferir esses cuidados, a quaresmeira é uma árvore pioneira, rústica e simples de cultivar, vegetando mesmo em solos pobres. Originária da mata atlântica, esta espécie aprecia o clima tropical e subtropical, tolerando bem o frio moderado. Multiplica-se por sementes, com baixa taxa de germinação, e por estaquia de ramos semi-lenhosos.
Autor: Raquel Patro (jardineiro.net)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Novo rio subterrâneo na Amazônia pode ser o maior do mundo

Indícios da existência de um rio subterrâneo, com a mesma extensão do Rio Amazonas, que estaria a 4 mil metros abaixo da maior bacia hidrográfica do mundo, foram divulgados neste mês em um estudo realizado por pesquisadores da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro.
O Rio Hamza nasce no Peru, na Cordilheira dos Andes, mesma região que o Rio Amazonas. “Essa linha de água permanece subterrânea desde sua nascente, só que não tão distante da superfície. Tanto que temos relatos de povoados daquele país, instalados na região de Cuzco, que utilizam este rio para agricultura. Eles sabem desse fluxo debaixo de terrenos áridos e por isso fazem escavações para poços ou mesmo plantações”, afirmou o pesquisador do pesquisador indiano Valiya Hamza do Observatório Nacional.
O fluxo da água deste rio segue na vertical, sendo drenado da superfície até dois mil metros de profundidade. Depois, próximo à região do Acre, o curso fica na horizontal e segue o percurso do Rio Amazonas, no sentido oeste para o leste, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó, até adentrar no Oceano.
“A água do Hamza segue até 150 km dentro do Atlântico e diminui os níveis de salinidade do mar. É possível identificar este fenômeno devido aos sedimentos que são encontrados na água, característicos de água doce, além da vida marinha existente, com peixes que não sobreviveriam em ambiente de água salgada”, disse.
Características – A descoberta é fruto do trabalho de doutorado de Elizabeth Pimentel, coordenado por Hamza. Ela indica que o rio teria 6 mil km de comprimento e entraria no Oceano Atlântico pela mesma foz, que vai do Amapá até o Pará. A descoberta foi feita a partir da análise de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980.
“A temperatura no solo é de 24 graus Celsius constantes. Entretanto, quando ocorre a entrada da água, há uma queda de até 5 graus Celsius. Foi a partir deste ponto que começamos a desenvolver nosso estudo. Este pode ser o maior rio subterrâneo do mundo”, afirma Hamza.
“Não é um aquífero, que é uma reserva de água sem movimentação. Nós percebemos movimentação de água, ainda que lenta, pelos sedimentos”, disse o pesquisador cujo sobrenome batizou o novo rio.
De uma ponta a outra – Apesar de ser um rio subterrâneo, sua vazão (quantidade de água jorrada por segundo) é maior que a do Rio São Francisco, que corta o Nordeste brasileiro. Enquanto o Hamza tem vazão de 3,1 mil m³/s, a do Rio São Francisco é 2,7 mil m³/s. Mas nenhuma das duas se compara a do rio Amazonas, com 133 mil m³/s.
“A velocidade de curso do Hamza é menor também, porque o fluxo de água tem que vencer as rochas existentes há quatro mil metros de profundidade. Enquanto o Amazonas corre a 2 metros por segundo, a velocidade do fluxo subterrâneo é de 100 metros por ano.
Outro número que chama atenção é a distância entre as margens do Hamza, que alcançam até 400 km de uma borda a outra, uma distância semelhante entre as cidades de São Paulo e o Rio de Janeiro.
“Vamos continuar nossa pesquisa, porque nossa base de dados precisa ser melhorada. A partir de setembro vamos buscar informações sobre a temperatura no interior terrestre em Manaus (AM) e em Rondônia. Assim vamos determinar a velocidade exata do curso da água”, complementa o pesquisador do Observatório Nacional. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Resedá

  • Nome Científico: Lagerstroemia indica
  • Sinonímia: Lagerstroemia chinensis
  • Nome Popular: Resedá, flor-de-merenda, suspiros, extremosa
  • Família: Lythraceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: China, Coréia e Índia
  • Ciclo de Vida: Perene
                               

            Perfeita para as calçadas, o resedá é uma arvoreta que não possui raízes agressivas, além de ter um belo florescimento. Suas folhas são elípticas, com bordas onduladas. O tronco é muito belo, liso, de tons claros, marmorizado. Seu porte chega a 6 metros de altura. As inflorescências, formadas ainda no inverno, contém inúmeras flores crespas de coloração rosa, branca, roxa ou vermelha, de acordo com a variedade.
            Devem ser cultivadas sob sol pleno em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica eregada a intervalos regulares. Apesar de bastante rústica, é interessante realizar podas de limpeza, removendo ramos emaranhados e doentes, além das flores murchas. A forma natural da planta é bonita, mas é frequente o uso de podas de formação, para transforma-lá em arbusto ou arvoreta com copa redonda e compacta. Resistente à poluição urbana. Multiplica-se por estacas e sementes.

Autor: Raquel Patro (jardineiro.net)